Diretor para a divisão ALMA, que abrange América Latina, Oriente Médio, Ásia Pacífico e África, destaca segmentos em que a empresa atua e no diferencial tecnológico que a torna líder
Lois Lebegue, que em janeiro assumiu a direção geral da Kodak para a região denominada de ALMA – América Latina, Ásia Pacífico, Oriente Médio e África, esteve em visita ao Brasil na semana do dia 25 de maio.
Acompanhado pelo presidente da Kodak Brasileira, Gilberto Farias, Lebegue visitou clientes e destacou a importância do Brasil para a estratégia mundial da companhia.
Com vasta experiência no desenvolvimento de estratégias para países em desenvolvimento, com diferentes realidades econômicas e níveis de crescimento, o executivo frisou que todo know how da Kodak na área de tecnologia de imagem está sendo empregado na criação de produtos inovadores. “Nosso know how na área de imagem nos dá uma vantagem competitiva muito grande, e está sendo empregado nas indústrias de impressão, chapas e em novos mercados em que a Kodak deseja investir”, diz Lebegue.
Entre os tópicos ressaltados pelo novo diretor, estiveram ainda oportunidades que a crise no pais traz, e a posição da Kodak diante desse cenário. “O Brasil é um mercado importante e estratégico. A crise passará, e os investimentos irão acontecer. Mesmo porque as empresas devem estar preparadas para serem competitivas quando chegar o momento de voltar a crescer”, diz.
Offset e digital
Para Lois Lebegue, a integração entre as duas plataformas visa oferecer um complemento de produção, ou seja, trazer vantagens respectivas onde uma ou outra tecnologia não é vantajosa.
Web to print, fluxos de impressão híbridos, impressão tradicional foram alguns dos tópicos abordados. “O Brasil tem um potencial de mercado enorme. Há países mais avançados nesse processo, outros que estão se desenvolvendo. Mas o interesse dos grandes clientes é crescente”, destaca. “Outro ponto: a Kodak tem tecnologia para suportar essas mudanças. Por exemplo, através da plataforma Prinergy, podemos tornar clientes e gráficas mais interconectados, e agilizar a transferência de dados e os processos de impressão.”
Sustentabilidade
“Estou muito feliz pelo sucesso da Sonora no Brasil. E isso certamente se dá pela qualidade, mas, também, pelo perfil sustentável do produto”, cita Lebegue, ao falar sobre projetos para tecnologias ecologicamente sustentáveis.
Contudo, segundo o diretor, a linha Sonora não é o único produto que ilustra a posição da Kodak diante da sustentabilidade.
“Por exemplo, nossa tecnologia inkjet é muito amigável ao meio ambiente”, fala. “Isso, graças à tecnologia aplicada em nossa tinta. Ou seja, vale enfatizar que sustentabilidade não está em um produto em si, mas em todo o contexto envolvido no desenvolvimento de um produto ou processo.”
Embalagem
E o segmento de embalagem?
Segundo Lebegue, trata-se de um mercado muito dinâmico mundialmente, tanto na tecnologia flexográfica, como offset. “Temos obtido um crescimento anual de 40% em todo o mundo. Isso, não somente em países desenvolvidos, mas também em países emergentes. E isso é importante de ser destacado, pois mostra que o mundo está enxergando, de modo uniforme, a necessidade de investir em novas tecnologias”.
Sobre o Brasil, o executivo enxerga alta competitividade nesse segmento. “A crise economica que passa o Brasil acirra a competitividade e procuram diferencial”, diz. “E, nesse caso, nossa tecnologia Flexcel NX permite obter economia, produtividade e qualidade, com velocidade. São diferenciais importantes quando se está em um cenário de redução de custos e otimização no retorno sobre investimentos.”
Segundo Lebegue, a tendência é que, cada vez mais, a embalagem se consolide como uma ferramenta de marketing. “E isso irá demandar inovações em qualidade, segurança e processos que diferenciem os produtos”, afirma.
Mudança
Para Lebegue, a indústria gráfica sempre está suscetível a pressões. “É um segmento que sofre com oscilações econômicas. Mas é um mercado que também tem alto potencial de se transformar. Outra coisa: há países altamente desenvolvimentos, mas que a indústria tem dificuldades de se adaptar; e países em desenvolvimento que possui um parque industrial flexível e de rápida adaptação, como Brasil e México em tecnologias como Kodak Sonora e Flexcel NX, respectivamente.”
Entre os pontos-chave a que companhias devem estar atentas, de acordo com Lebegue, está o workflow. “Um bom sistema de workflow pode mudar a realidade de uma empresa. A automatização, a redução de tempo de impressão, diminuição dos erros; tudo passa por um sistema de workflow eficiente e seguro”, diz. “Sem dúvidas, empresas gráficas devem estar atentas à essa tendência.”
Outra mudança que já está em curso em todo mundo, e que devem impactar o mercado brasileiro, está ligado aos processos híbridos. “As grandes companhias precisam se comunicar de modo mais eficiente com seus clientes, e os processos híbridos, através dos cabeçotes de impressão inkjet Kodak Prosper, são soluções para esse tipo de aplicação, tanto nos processos offset e jornais, quanto de embalagens.”
Ainda nesse contexto, o executivo frisou o diferencial do portfólio Kodak. “Temos um portfólio único. Não há outra empresa com o portfólio tão amplo quanto o nosso”, afirma. “E isso nos dá uma vantagem competitiva enorme no que tange ao atendimento das mudanças de necessidades de nossos clientes.”
Dumping
No primeiro trimestre deste ano, a Kodak, como importadora, reforçou sua posição sobre o processo antidumping para sua linha de chapas Sonora. “E nada muda sobre isso. Não perdemos um único cliente devido ao antidumping. Não concordamos com a determinação do governo, mas respeitamos. E, conforme já foi dito, nossos clientes não sofrerão qualquer impacto”, diz Lebegue. “A Kodak tem 95 anos de atuação no Brasil, e certamente ultrapassaremos os 100 anos com força e próximos de nossos clientes.”