A impressão flexográfica é diferente de outros métodos de impressão, e os desafios das gráficas que atuam nesse setor são complexos e, às vezes, imprevisíveis.
O método usa uma gama de diferentes arquiteturas de impressão, tipos e sequências de tinta, e uma vasta gama de substratos. Essas variáveis devem todas estar sob controle para gerar resultados consistentes na saída.
Apesar da crescente divulgação da tecnologia de impressão digital para embalagens, as gráficas flexográficas ainda produzem a maior parte dos produtos usados em aplicações como embalagens flexíveis, papelão ondulado, etiquetas etc.
Sendo assim, as gráficas desse segmento que estão aptas a combinar a estabilidade e o controle tipicamente encontrados no método offset acabam tendo uma grande vantagem competitiva e oportunidade de crescimento.
Nestes dez anos em que o sistema KODAK FLEXCEL NX esteve no mercado, usado para gravação de chapas flexográficas, o controle de processos foi melhorado, e as tendências mais amplas desse segmento favorecem as aplicações Flexo.
Tendências para a Flexo
Toda a indústria de impressão convive com a necessidade de se tornar mais e mais sustentável, melhorar o engajamento da marca e do consumidor, e atender aos apelos pela reciclagem colocados em voga tanto por consumidores, como pelos governos.
Dados ajudam a indústria gráfica a explorar a automação de processos para oferecer maior valor aos clientes. Com ambientes de produção eficientes, previsíveis e estáveis, consistência na produção e dados inteligentes, as gráficas de Flexografia podem melhorar a sustentabilidade e as margens da impressão.
De volta ao início
Grant Blewett, diretor mundial de vendas para o segmento de Embalagens da Kodak, afirma que, nos últimos dez anos, “a indústria flexográfica avançou a passos largos… a consistência e a qualidade das tecnologias flexográficas são, absolutamente, iguais a outras tecnologias. Em muitos casos, podem superá-las”.
A recente evolução da Flexo tem muito em comum com o desenvolvimento da impressão offset desde os anos 80. Ambos eram, originalmente, métodos de produção artesanais, e passaram para um modelo de produção em escala, beneficiando-se da automação de processos, digitalização e cadeias de suprimento de pré-impressão mais curtas. As gráficas, em ambos os setores, agregam valor com expertise em gerenciamento de dados e controle consistente de processos.
Desde 2008, a Kodak vem desenvolvendo tecnologias para melhorar a previsibilidade e a confiabilidade da impressão flexográfica. Para a empresa, que possui fortes credenciais com tecnologias disruptivas, ligadas à sustentabilidade e patentes de imagens, o setor era um dos principais alvos de desenvolvimento e mudança.
A Kodak apresentou o sistema KODAK FLEXCEL NX há dez anos e, agora, tem mais de 500 instalações. As gráficas flexográficas trabalham muito para gerenciar a qualidade e a consistência da cor impressa, mas, frequentemente, desperdiçam tinta, substratos e tempo de impressão para obter a cor correta. Ou seja, tecnologias que ajudam essas gráficas a melhorar a estabilidade e a previsibilidade geram ganhos de produtividade e crescimento.
Dave Jarvis, fundador da PrintQuest, empresa de pré-impressão flexográfica no Reino Unido, adotou desde cedo a tecnologia do Sistema FLEXCEL NX. Ele viu a PrintQuest crescer de uma operação pequena para uma empresa com 16 funcionários.
Um novo amanhã para a pré-impressão
Nos anos 80, os sistemas abertos e os formatos de dados impulsionaram o colapso da cadeia de suprimentos na pré-impressão para as gráficas comerciais e editoriais. Uma pré-impressão padronizada e de baixo custo reduziu o valor de impressão, mas, na década de 2000, a concorrência da mídia digital representou uma ameaça existencial para essa indústria.
A resposta foram inovações, como CTP e os sistemas “Direct to Press”. As eficiências do processo de saída de impressão digital e a qualidade de cor aprimorada levam a uma explosão dos aplicativos de impressão. O controle de processo de imagem e cores tornou a impressão offset mais previsível e estável. O gerenciamento de dados, a consistência da produção, a confiabilidade de processo e as aplicações inovadoras mantêm a impressão convencional em patamar de competir com mídia eletrônica.
Por sua vez, as marcas impulsionam cada vez mais as inovações da indústria gráfica, com projetos complexos de mídia integrada, usando vários formatos digitais e impressos, especialmente para embalagem.
É tudo sobre dados
As gráficas de Flexografia e seus clientes desfrutam de muitas das vantagens de pré-impressão que seus colegas de impressão offset e digital. No entanto, com velocidades de impressão que variam de 200 a 600 metros por minuto, e opções de substrato virtualmente ilimitadas, elas ainda têm uma vantagem adicional. Tecnologias disruptivas, como o sistema KODAK FLEXCEL NX, suportam impressão ECG (Extended Color Gamut) de alta qualidade. Os dados de cores gerenciados podem reproduzir cores exatas usando tintas CMYK e laranja, verde e violeta. Isso significa menor custo, menos necessidade de limpeza de máquina, produção e entregas mais rápidas, além de benefícios tangíveis.
Peter Hamm, gerente geral da ReproService EuroDigital GmbH, um dos principais players do mercado de pré-impressão de embalagens da Alemanha, observa : “A qualidade de impressão mudou. No passado, tínhamos uma lacuna entre os sistemas de rotativas e o flexo. Hoje, temos uma solução de impressão mais avançada do que a rotogravura. ”
A jornada do sistema KODAK FLEXCEL NX começou em 2006 com aquisições da Kodak Polychrome Graphics (KPG) e da Creo.
Chris Payne, presidente da Divisão de Embalagens Flexográficas da Kodak, explica: “Reconhecemos que, devido ao avanço do digital na indústria de impressão, precisávamos passar para áreas como impressão industrial. Não tínhamos nada em impressão flexográfica, mas tínhamos tecnologias e habilidades para entrar em Flexografia.”
Ele acrescenta que houve uma grande oportunidade para torná-la um processo muito mais dominante, com desempenho de impressão premium. “O feedback mais gratificante para mim é que, hoje, a maioria das gráficas que usam nossos produtos não apenas obtêm a qualidade de que precisam para as marcas, mas também obtêm eficiências de produção ”, destaca.
Hoje, a Flexo está tirando participação de mercado de outros métodos de impressão e assistindo a um crescimento orgânico à medida que mais empresas começam a confiar nesse processo, que pode entregar a mesma estabilidade e a previsibilidade do offset.
Hamm diz que a base de clientes da ReproService foi ampliada através do sistema Kodak. “Além disso, mesmos clientes estão fazendo mais trabalhos, e conquistamos novos clientes. E os clientes estão entregando trabalhos de arte mais complexos do que antes porque o processo, hoje, pode suportar essa demanda”, diz.
Como?
À medida que a tecnologia pioneira do Sistema FLEXCEL NX evoluiu, a Kodak aperfeiçoou um meio de transportar tinta de forma mais eficaz na chapa. Isso, através de padrões de superfície estruturados em cada ponto de impressão, o que permite reter e gerenciar o fluxo de tinta na chapa de maneira muito mais sofisticada.
Payne explica: “A superfície de impressão da chapa é criada com padrões diferentes, com formas e profundidades variadas, definidas de acordo com os requisitos de saída impressos do conteúdo da imagem. A exclusiva tecnologia de geração de imagens e o processo de criação de chapas da Kodak processam esses dados com precisão. O resultado é um desempenho de impressão otimizado no ambiente complexo do processo de flexografia.”
A Reproflex da Dinamarca foi a terceira empresa na Europa a instalar o sistema KODAK FLEXCEL NX e, também, operou como um local de testes beta. Segundo Steen Madsen, diretor administrativo da Reproflex,”tivemos uma visão cética no começo, mas pudemos obter nossos dados do Mac e do ArtPro e transmiti-los para o TIL [Thermal Imaging Layer] e, em seguida, para a chapa, sem qualquer perda. Isso não era possível com uma chapa LAMS [sistema de máscara ablativa a laser – usada em chapas flexográficas digitais tradicionais]. O laser KODAK SQUARESPOT Imaging Technology oferece uma conversão de dados totalmente precisa”, afirma.
Os dados criados em pré-impressão, e renderizados com precisão na chapa flexográfica, exploram totalmente os recursos dessa chapa, gerando um processo de impressão colorido mais estável, previsível e de alta qualidade.
Para Madsen, “quando se trata de marcas, usamos o NX para todas elas por causa da previsibilidade”, destaca.
Assumindo o controle
Controle é sinônimo de FLEXCEL NX.
Martin Dreher, diretor científico do Centro de Tecnologia da German Flexo Technical Association, na Stuttgart Media University, vê uma tendência clara para o uso mais avançado de retículas, pois as gráficas flexográficas melhoram o controle sobre o ganho de pontos, notoriamente difíceis de gerenciar no processo Flexo.
O uso crescente de alta lineatura é uma tendência mais ampla e possível devido ao controle aprimorado do processo de criação de imagens. Dreher diz que, devido à transferência de tinta aprimorada do FLEXCEL NX, “as amostras flexográficas estão no mesmo nível, e, algumas delas [podem ser] muito melhores do que o visto na rotogravura.”
Especialistas do setor esperam claramente que a impressão flexográfica conquiste a mesma participação de mercado da rotogravura, da mesma maneira que o offset expandiu seu alcance.
O controle de processos e imagens possibilita a escolha de retículas FM e impressão em até sete cores. Isso amplia as opções de aplicação para compradores de produtos impressos em todas as partes da indústria, mas, especialmente, para os proprietários de marcas que desejam estender seu alcance de mercado por meio de inovações nas embalagens.
Payne observa: “Ainda estamos nos primeiros estágios com Flexografia, leva tempo para ganhar o buy-in da marca e para investimento de capital adicional em equipamentos de impressão. Mas isso está acontecendo. As pessoas que estão investindo nesse processo hoje abrem espaço para uma enorme oportunidade”, afirma.
Kodak, Flexcel e SquareSpot são marcas registradas da Kodak.